Como funciona o teste A/B no UX Design? Entenda!
O objetivo de um UX Designer é proporcionar aos usuários a melhor experiência possível enquanto estiverem utilizando um produto.
Publicado em 15 de dezembro de 2022
O objetivo de um UX Designer é proporcionar aos usuários a melhor experiência possível enquanto estiverem utilizando um produto. Por essa razão, quando é preciso testar determinados aspectos, propor melhorias e averiguar o funcionamento, uma das técnicas utilizadas é recorrer ao público por meio de testes A/B.
Esse tipo de experiência, em linhas gerais, avalia duas ou mais versões de um mesmo produto com um público controlado, e no final do processo, estuda os resultados obtidos para criar hipóteses e seguir com o desenvolvimento. Trata-se de um artifício importante, e que deve fazer parte das habilidades de um Designer.
Quer entender com mais detalhes como é feito um teste A/B no UX Design e como aplicar essa estratégia nos seus projetos? Continue a leitura até o fim!
Glossário
O que é teste A/B no UX Design?
O teste A/B é um tipo de teste randomizado e experimental, em que são criadas duas ou mais versões de um mesmo produto, e testadas aleatoriamente para uma base de usuários para avaliar qual é a opção mais viável.
Entre as variáveis testadas, podem estar estilo, cores, fontes, textos, disposição, CTAs, imagens, hierarquia das informações, funcionalidades, entre muitas outras. Os testes podem ser recorrentes, feitos sempre que houver dúvidas ou alguma solução precisar de comprovação em meio ao projeto, e essa prática se mostrar uma alternativa viável.
Para o design de experiência do usuário, trata-se de uma estratégia essencial para averiguar hipóteses a partir de dados consistentes e testes reais, e certificar-se de que o produto está cumprindo sua função conforme esperado.
Por que fazer testes A/B?
Não é incomum observar profissionais perguntando se, mesmo com a etapa de User Research e os processos da equipe de produto, é necessário realizar testes A/B. E a resposta é que sim! Lembrando que isso não significa que você deve pular nenhuma dessas etapas, pois cada uma terá sua relevância!
A primeira razão para isso é o fato de que você terá um feedback real de mercado, com usuários que realmente representam seu produto. Dessa maneira, em decisões importantes, você pode se basear em dados palpáveis e evita hipóteses sem fundamento.
Além disso, essa pode ser uma ferramenta viável, barata e prática. Ao invés de ter que se organizar e fazer pesquisas qualitativas individualmente, você se utiliza do próprio produto e do público para gerar insights.
Como funciona um teste A/B de UX Design
Vamos entender como funciona na prática? Supondo que você esteja trabalhando na criação de um aplicativo para agendar consultas médicas e quer testar se, ao mudar a disposição das informações, os usuários terão uma melhor experiência de navegação.
Na versão atual (Aplicativo A), ao entrar no aplicativo, você insere algumas informações essenciais, para em seguida agendar as consultas; já na versão que será testada (Aplicativo B), você pode navegar pelas telas e agendar sua consulta, e apenas no final, insere as informações.
Aqui, é importante ressaltar que o teste A/B precisa de uma hipótese sólida e documentada — do contrário, ele se torna desnecessário. Nesse caso, a hipótese é de que, ao inserir as informações no final, a retenção no aplicativo tende a ser maior, evitando a evasão de usuários.
Feito isso, você seleciona uma base de usuários do aplicativo com pessoas de características similares (idade, gênero, perfil), e metade desse público terá acesso ao Aplicativo A, e a outra metade, ao Aplicativo B.
Há uma série de plataformas que podem ser utilizadas para esse objetivo. Entre as mais utilizadas está o Google Optimize, que permite que você crie versões diferentes de uma mesma página ou de telas de um app. Além disso, a ferramenta é integrada como Google Analytics, facilitando na hora de observar os resultados.
Outras opções populares são o VWO e o Optimizely, cada um com suas funções. Antes de escolher a mais viável para o seu produto, vale a pena pesquisar e testar cada uma delas.
No fim, é feito um estudo a respeito do comportamento dos usuários, assim como uma pesquisa a respeito das percepções de cada um. De acordo com o que foi observado, você pode decidir por modificar o produto ou não.
Como medir os resultados de um teste A/B?
Esse é um ponto que exige atenção, pois é justamente a finalidade de todo teste A/B. No momento de medir os resultados, é importante que você se atente a alguns critérios, ou pode acabar fazendo uma má avaliação e tomando decisões erradas.
Primeiramente, lembre-se também de estipular um prazo para analisar os resultados. Esse fator pode ser desde de poucos dias até semanas, dependendo dos seus objetivos. Caso a base para testes seja pequena, não é preciso que o prazo seja extenso; do contrário, pode ser interessante estender o período.
Passado esse tempo, faça uma compilação dos dados disponíveis, baseando-se na hipótese que você levantou no início do processo. Se a meta era observar que a mudança na ordem das telas resultava em mais retenção, procure informações como a taxa de engajamento, o número de checkouts em cada uma das variáveis, os mapas de calor durante a navegação, os cliques por CTA e assim por diante.
Por fim, é o momento de cruzar as informações. Organize-as de maneira que seja capaz de fazer uma análise comparativa, e busque entender qual das versões obteve melhores resultados. Para isso, você também pode solicitar a participação de outros profissionais do time.
Essa é uma etapa minuciosa, pois nem sempre os resultados são totalmente claros, e algumas vezes, um índice por diferir de outro. Nesse sentido, é importante ter um bom conhecimento a respeito do negócio e visão crítica para a tomada de decisões.
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