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Qual é a importância da Arquitetura da Informação em UX Design?

Não é só na construção civil que a arquitetura é um investimento relevante.

Não é só na construção civil que a arquitetura é um investimento relevante. No desenvolvimento de produtos digitais ela também se faz essencial.

Quando vamos construir uma casa, o arquiteto é um dos profissionais mais importantes, porque é ele que nos alerta sobre a importância da luz natural, circulação de ar, disposição de cômodos e projeção de armazenamento, além é claro de uma utilização eficiente dos espaços da casa.

Da mesma forma que um arquiteto trabalha para nos deixar ainda mais felizes onde vamos morar durante anos, a Arquitetura da Informação lembra os profissionais de UX sobre como eles devem organizar, hierarquizar e estruturar as informações que vão aparecer para os usuários de seus produtos.

Neste conteúdo vamos entender tudo sobre Arquitetura da Informação, porque ela é importante e como o conceito se relaciona com o UX Design. Vamos lá então?

O que é Arquitetura da Informação?

Arquitetura da Informação, que nesse conteúdo vamos referir como AI (não confunda com Inteligência Artificial IA), é uma abordagem que tem como objetivo organizar, estruturar e classificar o conteúdo de um produto digital de uma forma sustentável e coerente.

O objetivo principal da AI é ajudar os usuários a encontrar as informações que eles querem e também executar tarefas de um jeito mais fácil. 

Para fazer isso, é importante entender como os componentes se encaixam e se relacionam uns com os outros e como esse quebra-cabeças cria uma visão do todo dentro da interface do sistema.

É por isso que, ao desenvolver um aplicativo ou um site, é importante que o designer crie cada tela ou cada página separadamente: para descobrir se o usuário vai encontrar tudo que precisa nas diferentes telas.

A Arquitetura da Informação também cria um fluxo que permite a navegação entre as partes de uma aplicação sem muito esforço, sem que o usuário precise pensar muito e sem gastar seus neurônios com isso.

Quem costuma trabalhar com esse tipo de abordagem é o Arquiteto de UX. Este é o profissional que vai determinar a organização do conteúdo e também o seu fluxo.

Abordagem multidisciplinar

A AI é uma metodologia que leva em consideração uma série de pontos de vista, como conteúdo, design, usabilidade e até mesmo psicologia e estudo sobre o comportamento das pessoas.

Não é necessariamente uma abordagem que pede a supervisão de apenas um profissional; todos os membros da equipe envolvida no desenvolvimento de uma aplicação digital precisam entender sua importância e zelar para que ela seja uma pauta do processo.

De acordo com o Information Architecture Institute, que é uma organização sem fins lucrativos que investe em estudos sobre o assunto, AI é sobre ajudar as pessoas a entender o que está ao seu redor e encontrar o que elas estão procurando, tanto no mundo real quanto no universo online.

Em outras palavras, a Arquitetura da Informação nos permite entender onde estamos enquanto usuários e como encontrar as explicações e orientações que precisamos a partir do nosso ponto de vista.

A noção de AI paira sobre a criação de sitemaps, hierarquização de conteúdos, categorizações, navegação e metadados. 

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Quando um UX Writer prioriza e separa o conteúdo em categorias, ele está praticando a Arquitetura da Informação.

Do mesmo modo, quando um designer faz o esboço de uma versão melhor e mais otimizada de menu para que o usuário entenda mais rápido onde ele está e para onde quer ir em um site, ele também está praticando a Arquitetura da Informação.

Independentemente de qual tarefa precisa ser cumprida, as questões abaixo precisam ser feitas enquanto estamos pensando em AI:

  • Qual é o fluxo dos usuários através do nosso sistema?
  • Como a nossa aplicação ajuda o usuário a registrar o conteúdo e catalogar as informações em sua mente?
  • Como as informações são apresentadas de volta ao usuário?
  • Essas informações estão ajudando o usuário e influenciando positivamente em suas tomadas de decisão?

Para poder responder essas perguntas, é importante jogar luz sobre os seguintes tópicos: o público-alvo, os recursos relacionados à plataforma e como os dados serão apresentados para as pessoas que a acessarem.

Por que a Arquitetura da Informação é importante?

Por mais que seja importante otimizar conteúdos e não deixar textos longos e maçantes nas páginas web, no fim das contas é por causa dele que as pessoas acessam os sites, normalmente buscando alguma resposta para uma pergunta que surgiu ali na hora.

Então a AI parte do princípio de organizar e classificar esse conteúdo para que seja fácil encontrá-lo durante a navegação. 

Outro ponto crítico é o tempo: vivemos em um mundo onde as pessoas esperam por soluções cada vez mais rápidas e cada vez mais fáceis de encontrar. Quanto maior o esforço, maior a chance do usuário desistir do seu site ou do seu sistema logo no primeiro acesso.

Labirinto ligando usuário a um objetivo
Quando os usuários não encontram facilmente o que procuram, as chances de abandonarem o processo são enormes. Imagem: Adobe

A partir do momento em que encontrar uma informação parece ser complicado ou demorado demais, as pessoas vão embora sem nem pensar duas vezes. E pior: fica ainda mais difícil trazê-las de volta. É aí que a Arquitetura da Informação desempenha um papel chave: na retenção de usuários.

Trocando em miúdos, a AI não é algo perceptível para os usuários leigos, mas representa uma das bases do design, é como se fosse a espinha dorsal dele.

De acordo com Peter Morville, que é presidente de uma das maiores empresas de consultoria em Arquitetura da Informação, a Semantic Studios, o propósito da AI é ajudar os usuários a entender:

  • Onde eles estão;
  • O que eles encontraram;
  • O que está ao redor deles;
  • E o que podem esperar da jornada.

Dessa forma, a AI ajuda a expor a estratégia de conteúdo através da escolha de palavras, assim como mostra o design da interface do usuário e o design de interação, e acaba por desempenhar um papel fundamental nos processos de wireframing e prototipagem.

Qual a relação entre Arquitetura da Informação e UX Design?

A AI está mais do que relacionada ao UX Design, um conceito está basicamente trançado ao outro, já que se valem de princípios bastante parecidos para serem desenvolvidos.

Por exemplo, no item anterior, exploramos que a importância da Arquitetura da Informação vai ao encontro de um ponto crítico do UX Design: a demanda cognitiva do usuário.

Quanto menos um sistema exige do usuário a capacidade de se esforçar para entender alguma coisa, melhor. 

O que nos leva a reconhecer que a psicologia cognitiva é um dos fundamentos da Arquitetura da Informação, e enquanto estudante de UX você já deve ter topado com alguns dos conceitos a seguir.

Como criar uma Arquitetura da Informação e quais são as metodologias mais utilizadas no processo

Para ter sucesso no desenvolvimento de uma Arquitetura da Informação do seu produto, você precisa ter uma compreensão diversificada dos padrões do setor (como o público-alvo e suas necessidades, por exemplo) para criar, armazenar, acessar e apresentar informações.

Lou Rosenfeld e Peter Morville em seu livro “Information Architecture for the World Wide Web” observam que os principais componentes da AI são:

  • Estruturas organizacionais: como categorizar e ordenar as informações;
  • Sistemas de classificação: como apresentar os dados;
  • Sistemas de navegação: como é a jornada dos usuários dentro da aplicação;
  • Sistemas de pesquisa: como os usuários procuram informações.

Para criar esses sistemas, é essencial entender a natureza interdependente entre usuários, conteúdo e contexto.

Rosenfeld e Morville se referiram a isso como a “ecologia da informação” e a representaram através de um Diagrama de Venn, como podemos ver abaixo.

gráfico com intesecção entre conteúdo, contexto e usuários. o ponto de encontro entre os três é a arquitetura da informação
A Arquitetura da Informação conecta os usuários ao conteúdo e ao contexto. Imagem: Adobe

Cada um desses universos representa tópicos específicos.

  • Contexto: metas de negócio, objetivos financeiros, política, cultura, sociedade, tecnologia, recursos e restrições;
  • Conteúdo: tipos de conteúdo, documentos e dados, volume, estrutura atual, governança e propriedade;
  • Usuários: audiência, tarefas, necessidades, comportamento de busca de informações, experiência.

As principais metodologias da AI também fazem referência ao campo do UX Design, como você pode ver a seguir.

Princípios da Gestalt

Os Princípios da Gestalt são conceitos emprestados da psicologia que estudam a maneira como percebemos o mundo ao nosso redor. 

No que diz respeito aos produtos digitais, a Gestalt ajuda os UX Designers a entender como o usuário compreende os componentes e grupos de objetos presentes em uma interface sob o ponto de vista de similaridade, continuidade, simetria, proximidade e fechamento.

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Você encontra um conteúdo bem completo sobre a Gestalt clicando aqui.

Modelos Mentais

Os modelos mentais são presunções que temos em nossas mentes; conceitos que vamos criando ao longo da vida e que nos ajudam – e às vezes nos atrapalham – a conviver em sociedade, trabalhar e dedicar nossa capacidade cognitiva a novos aprendizados.

Os modelos mentais fazem parte do conceito de programação neurolinguística, que também é interessante aprofundar teoricamente.

Até mesmo na nossa interação com produtos digitais os modelos mentais interferem.

Um exemplo bobo, mas que se aplica: se em um app de delivery de comida famoso sabemos que o menu principal fica na parte inferior da tela, então esperamos que outros apps de delivery, menos conhecidos, tenham essa mesma configuração.

Os modelos mentais ajudam na hora de pensar a Arquitetura de Informação porque são pré julgamentos que os usuários fazem antes mesmo de interagir com o produto pela primeira vez.

Heurísticas de Nielsen – Carga Cognitiva

A Carga Cognitiva mede a quantidade de esforço que o cérebro do usuário tem que investir para interagir com o produto.

Em outras palavras, a Carga Cognitiva representa a quantidade de informação que o usuário consegue processar nos diversos momentos da jornada.

Nossa memória de curto prazo não tem a habilidade de reter muitos dados, então para os usuários é mais fácil reconhecer padrões do lembrar de caminhos, informações e outros dados. 

Você já deve ter vivido isso em algum momento: simplesmente entramos em parafuso quando temos muitas opções para escolher. 

E uma das muitas boas práticas da Arquitetura da Informação sugere a solução para esse problema: a abrangência de opções e/ou escolhas que um usuário deve fazer, por exemplo, nunca pode ser mais do que sete.

Sugerimos que você estude outro assunto super interessante sobre os processos do design, as Heurísticas de Nielsen. Clicando aqui você acessa outro conteúdo focado no assunto.

Entregáveis do Arquiteto de Informação

Entre os principais entregáveis do Arquiteto de Informação e da equipe envolvida no projeto como um todo estão a User Research, que representa a pesquisa diretamente com o usuário, além de:

  • Entrevistas com os usuários;
  • Card sorting;
  • Testes de usabilidade;
  • Inventário, agrupamento e auditoria de conteúdo;
  • Criação e manutenção da hierarquia de conteúdo;
  • Prototipagem.

A taxonomia também entra nessa lista. Basicamente, a taxonomia é a classificação de componentes através de suas similaridades. Esse exercício normalmente segue a fase de user research e inventário de conteúdo. 

A AI ajuda a classificar os itens de acordo com categorias, seções e tags de metadados.

Nesta etapa é fundamental lembrar que a tendência é de que o conteúdo e as funcionalidades do produto vão sempre aumentar, crescer, e portanto tudo precisa estar o mais organizado possível para escalar no futuro.

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Como você viu, a Arquitetura da Informação é uma abordagem importante do UX/UI Design, então vale muito a pena se aprofundar no assunto e aprender cada vez mais.

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