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Micro front-end: Entenda essa abordagem de desenvolvimento web

Você sabe o que é micro front-end? Seu conceito surgiu seguindo tendências de outras áreas da programação e tem o intuito de tornar tanto o desenvolvimento quanto a manutenção de uma aplicação mais segura e simplificada.

Você sabe o que é micro front-end? Seu conceito surgiu seguindo tendências de outras áreas da programação e tem o intuito de tornar tanto o desenvolvimento quanto a manutenção de uma aplicação mais segura e simplificada.

A seguir, saiba tudo sobre micro front-end e porque essa tendência veio para ficar no mundo da programação!

Começando do início: a programação em monolitos

Antes de entender o que é  o micro front-end é preciso entender de onde e porque sua ideia surgiu. Para isso, é preciso entender o conceito de programação em monolitos

Essa organização era a mais comum anteriormente e é possível utilizá-la até hoje, dependendo do sistema e de sua complexidade. 

A programação em monolitos nada mais é do que criar apenas um código para trabalhar tanto o back-end quanto o front-end, além das aplicações necessárias, como conexão com banco de dados. 

Ou seja, tudo está reunido em apenas um bloco. Um monolito (como no filme “2001: Uma Odisséia no Espaço”). 

Ilustração mostrando a diferença entre monolitos e microserviços. Monolitos permitem que o micro fron-end seja possível
Fonte: Atlassian

Porém, como muitos dos softwares dependem de diversas aplicações funcionando ao mesmo tempo, a programação em monolitos não é indicada para esses casos. 

Se esse formato funcionou por um tempo, o aumento da complexidade dos sistemas e projetos exigiu que houvesse uma separação maior entre as partes, tanto para facilitar o desenvolvimento dos projetos quanto para fazer sua manutenção. 

A separação mais comum e simples de entender é a entre back-end e front-end. 

Separação do front-end e back-end

O termo back-end refere-se a tudo aquilo que o usuário não vê da aplicação, que está “por trás” do sistema, como o nome sugere.

É a parte lógica de seu funcionamento e segurança, o responsável por fazer conexões entre bancos de dados, APIs e todas as outras aplicações necessárias para que funcione da maneira correta. 

O front-end, por sua vez, refere-se a tudo aquilo que o usuário vê, a parte que está “na frente” do sistema. É o responsável por tornar a usabilidade adequada, considerando facilidade de uso, acessibilidade, User Experience (UX) e muitos outros pontos. 

Dessa maneira, as duas áreas se complementam no desenvolvimento, porém têm necessidades diferentes. Isso sem falar nas diferenças do processo de desenvolvimento, linguagens utilizadas e muitas outras. 

Imagine então, ter que mexer tanto no front-end quanto no back-end todas as vezes que é necessário fazer uma mudança. 

Além de ter que pausar o sistema (em muitos casos), isso torna o processo menos seguro, já que uma pequena alteração pode mudar diversos pontos da aplicação. 

Por isso, dividiu-se o monolito, primeiro, entre back-end e front-end, algo visto hoje como essencial, tanto pela complexidade dos sistemas quanto pelo próprio desenvolvimento ágil, mais utilizado pelas empresas de tecnologia. 

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Depois, essas ideias começaram a ser aplicadas em outras seções de um sistema, criando os chamados microsserviços. 

Microsserviços: o que são e porque se tornaram importantes

Os microsserviços nada mais são do que pequenas divisões dentro de um sistema. Ou seja, em vez de se criar um único código (monolito) para todas as aplicações back-end de um software, elas passaram a ser divididas. 

Assim, os microsserviços são maneiras de organizar tanto o software e seu desenvolvimento quanto o código, fazendo com que sejam criados micro-códigos para cada serviço necessário. Esse conceito é importante pois foi a partir dele que o micro front-end foi desenvolvido. 

Essa organização é um trabalho da área de Engenharia e Arquitetura de Software, capaz de entender, listar e organizar todos os microsserviços necessários para uma aplicação.

Benefícios dos microsserviços

Os principais benefícios da criação de microsserviços, sem dúvida, é a melhoria dos processos de desenvolvimento e, principalmente, de manutenção. 

Para se ter ideia, com os microsserviços, muitas empresas separam times diferentes para cada um deles, a fim de conseguir as melhores versões possíveis para cada um deles. 

Assim, os principais benefícios dos microsserviços são: 

  • reutilização de código em diferentes projetos;
  • facilidade no uso de containers;
  • facilidade de implementação;
  • facilita a manutenção dos sistemas;
  • permite testes isolados;
  • menos tempo de produção (entrega particionada);
  • podem escalar rapidamente. 

Como veremos a seguir, esses também são benefícios muito claros no micro front-end, já que seu conceito surgiu exatamente dos microsserviços. 

O que são microsserviços em front-end

Agora que você conheceu a “linha do tempo” da organização do desenvolvimento e software, fica mais fácil entender como a ideia de microsserviços foi aplicada na parte de front-end. 

Em um primeiro momento, como vimos, os microsserviços se tornaram muito úteis para o desenvolvimento back-end, mas ainda não era pensado para o front-end. 

Porém, os benefícios trazidos pela organização da técnica de microsserviços poderiam contribuir, também, com outras áreas da programação e até outras relacionadas com o desenvolvimento de produtos e software. 

O Design Atômico, por exemplo, é um conceito semelhante, que busca considerar cada pequena parte de um design de UX como algo separado, facilitando a arquitetura de componentes e, como no microsserviço, sua mudança ou manutenção. 

No micro front-end, essa capacidade de alterar cada pequena parte de maneira separada foi o que levou ao surgimento da prática de micro front-end. 

Afinal, o que é o micro front-end?

O micro front-end reúne todas as ideias e conceitos discutidos anteriormente: a divisão do monolito em diferentes partes, a separação entre back-end e front-end e a aplicação de microsserviços na aplicação. 

Assim, o micro front-end nada mais é do que uma técnica de programação front-end que separa cada uma das partes de uma página, transformando-as em seções independentes das outras. 

Com isso, em uma mesma página da web o usuário tem contato com diferentes funcionalidades, sendo que cada uma delas refere-se a um micro front-end diferente.

Para dar um exemplo prático:

Em um e-commerce a parte de visualização do produto é um código de micro front-end, o cabeçalho da página é outro, o carrossel de produtos semelhantes é outro e o que leva ao checkout, outro. 

Ou seja, em apenas uma página, temos uma combinação de funcionalidades e aplicações que são desenvolvidos separadamente, mas que, juntos, formam a página do e-commerce. 

Assim como na ideia de microsserviços, a intenção de fragmentar os códigos de front-end tem como objetivo facilitar o trabalho em cada uma delas de maneira separada e com equipes independentes. 

Ilustração mostrando a fragmentação dos códigos de front-end que acontece no Micro Front-End
Fonte: Video Pisani da ArcH

Os benefícios e os desafios do micro front-end

A ideia de segregação do front-end vai de encontro com o de microsserviços de back-end, mas têm benefícios e desafios próprios. 

De maneira geral, o micro front-end consegue tornar o desenvolvimento de uma tela mais maleável e dinâmico, tornando o trabalho dos programadores mais ágil em alguns momentos, porém mais complexo em outros. 

Benefícios do micro front-end

Um dos maiores benefícios é controlar cada uma das partes de forma separada, fazendo com que, ao precisar mudar o funcionamento de uma delas, as outras não sejam alteradas. 

Além desse ponto positivo, é possível citar outros, como:

  • escalabilidade do código;
  • reuso de código em diferentes interfaces;
  • melhor organização e planejamento de memória;
  • melhor organização de uso APIs;
  • uso de várias tecnologias, de acordo a necessidade;
  • time to market (lançamento) mais rápido;
  • troubleshooting e debugs isolados (testes e manutenção); 
  • desenvolvimento mais ágil, de maneira geral. 

Os benefícios do micro front-end são percebidos principalmente em projetos de larga escola e com muitas funcionalidades. Aplicar a técnica em projetos menores pode levar a perda de tempo, dinheiro e organização. 

Afinal, o micro front-end pode trazer benefícios, mas também é desafiador em vários momentos. 

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Desafios do micro font-end 

Apesar dos vários benefícios que o micro front-end pode trazer, a prática também torna o processo de desenvolvimento mais complexo, quando se pensa no contexto empresarial. 

Afinal, se cada parte de uma mesma tela é de responsabilidade de uma equipe diferente, reunir o trabalho de cada time em um só pode ser desafiador. 

Os principais desafios do micro front-end são:

  • aumento da complexidade dos códigos, segmentados;
  • aumento da complexidade do desenvolvimento em si;
  • maior número de contextos;
  • mais pipelines; 
  • mais equipes e times para organizar;
  • tempo maior de implementação do projeto total (mesmo com time to market menor);
  • testes, debugs e troubleshootings mais complexos;
  • maior quantidade de logs (em memória).

Como em qualquer projeto em desenvolvimento, no micro front-end também é preciso fazer escolhas e saber organizar o trabalho para realmente realizar as melhores entregas possíveis. 

Sem uma boa organização, colaboração e liderança de times, o micro front-end pode transformar o processo em algo muito mais difícil do que deveria. 

Como os micro front-ends podem ajudar a focar nas necessidades de negócios

Um dos principais pontos de fazer essa divisão em seções de uma mesma página em front-end é conseguir oferecer soluções mais adequadas com as necessidades da empresa. 

O funcionamento de um carrossel de produtos semelhantes tem uma função muito diferente da coluna de checkout, certo? Consequentemente, cada um desses setores da página também exige aplicações e conhecimentos específicos para eles. 

No caso das indicações, por exemplo, são utilizados inúmeros dados em Data Science para entender o comportamento daquele usuário e conseguir indicar o produto certo, aquele que irá despertar o interesse dele. 

Na coluna de checkout, são considerados os comportamentos de conversão, sendo importante entender, a partir de dados, quais botões levam a mais conversões, quais textos atraem mais as pessoas, entre outras questões. 

Assim, o micro front-end permite que existam equipes diferentes e independentes na atuação de cada uma dessas seções, contribuindo com um desenvolvimento muito mais assertivo com as necessidades do negócio. 

Como programar utilizando o micro front-end 

Além de ter o conhecimento básico de programação front-end, para programar utilizando as práticas de micro front-end é necessário conhecer também frameworks que contribuam com esse trabalho, além das linguagens mais utilizadas para interfaces. 

O Single SPA, por exemplo, é um framework de JavaScript mais utilizado para essa função. 

Isso porque permite o uso de React, Vue e Angular, criando uma boa base para a criação de diversos micro front-ends. 

Ou seja, quem quer se tornar um desenvolvedor front-end precisa, também, saber sobre diferentes técnicas que podem ser aplicadas, sendo que o micro front-end está ganhando cada vez mais destaque, principalmente em grandes projetos. 

Os conhecimentos necessários para aprender a criar micro front-ends são HTML e CSS, JavaScript, PHP ou outra linguagem para front-end, frameworks de cada uma delas e bibliotecas específicas. 

Aprender tudo isso pode parecer muita coisa para quem está começando sua carreira agora. Porém, o mais importante é dar o primeiro passo e começar a aprender sobre programação e desenvolvimento, tanto back-end quanto front-end. 

Além disso, o conhecimento em microsserviços e micro front-end é algo extremamente importante para quem atua ou quer trabalhar como desenvolvedor full stack, ou seja, que trabalha tanto com a lógica do sistema quanto com o que o usuário vê. 

Aprenda a programar com a Awari!

A programação utilizando a ideia de micro front-end é algo cada vez mais importante para qualquer pessoa que deseja trabalhar com tecnologia e se tornar um programador. 

Isso porque, por ser feito de maneira mais colaborativa entre as equipes e com foco em pequenas funcionalidades, é essencial que o programador domine bem a técnica, a fim de evitar erros e aprimorar as entregas dos softwares. 

Quem deseja entrar para o mercado de tecnologia encontra na carreira de programador diversas possibilidades de atuação e a valorização das empresas, por ser um conhecimento específico e muito valioso para elas. 

Que tal aprender a programar de vez e deslanchar em sua carreira? Conheça nossa Trilha de Conhecimento de Programação para aprender tudo sobre a área!

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